terça-feira, 24 de maio de 2011

Fé e conversão

Aceitar Jesus implica uma mudança de valores, de atitudes e de vida.


'Creio em Deus Pai todo poderoso...'
A palavra fé vem do grego 'pisteuo', que significa crer, prestar adesão a alguém. Deus comunica o seu amor aos homens e espera uma resposta concreta para a realização de suas obras. A fé é a resposta do homem ao Deus que se revela. Esta comunhão é confirmada quando o homem submete completamente sua inteligência e vontade a Deus. Em obediência a Palavra de Deus, o homem livremente inicia a vida de fé quando abre os olhos para a verdade e assume a graça de participar e optar definitivamente pelo plano de salvação.
'De fato, é pela Sua graça que fostes salvos, mediante a fé, e isto não procede de vós: é dom de Deus'(Ef 2,8).
A virtude sobrenatural da fé é cultivada pela caridade. (Cf II Ts 1,3)
O amor é a única condição que intensifica o progresso na comunhão da fé autêntica e das obras de misericórdia. (Cf Tg 2, 14-23)
Fé não significa apenas acreditar na existência de Deus. 'Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem'(Tg 2,19).
As palavras afirmadas devem seguir as exigências estabelecidas pelos ensinamentos de Jesus. Fé é uma afirmação que nos leva a missão de percorrer o caminho da ressurreição para encontrarmos a vida nova em Nosso Senhor Jesus Cristo.
A raiz da fé não está firmada nos sentimentos. Nenhuma situação ou acontecimento pode alterar o verdadeiro sentido desta certeza manifestada pela glória de Deus (Cf Jo 11,40).
'Fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê' (Heb 11,1).É a posse antecipada do que se espera, é uma demonstração da realidade ainda não acontecida.
Fé é o caminho da entrega e do abandono. É como atravessar um túnel, embora tudo pareça escuro, temos a certeza de encontrar a luz no final.
Como opção definitiva, a fé exige perseverança e fidelidade: 'Combate o bom combate, com fé e boa consciência; pois alguns, rejeitando a boa consciência, vieram naufragar na fé' (I Tim 1,18-19).
'Mas quando vier o Filho do homem, achará fé sobre a terra?' (Luc 18,8).
A conversão parte da fé: 'Crede em Jesus, arrependei-vos de vossos pecados e então podereis viver a vida do Filho de Deus ressuscitado' (Ato 2,38).
Conversão é a escolha radical, é a opção determinada pela causa do Reino de Deus.Essa transformação acontece quando o arrependimento leva a pessoa a renunciar ao pecado para buscar uma vida nova.
Jesus quer salvar e nos conduzir ao Pai. Aceitar Jesus implica uma mudança de valores, de atitudes e de vida.
A experiência com Deus é a causa principal para que aconteça a confirmação da mudança de vida. A conversão de Santo Agostinho é um exemplo marcante na história do mundo, mesmo tarde, não deixou de amar a Deus, renunciou ao pecado para buscar definitivamente o caminho da santidade.
A conversão de Saulo também é outro sinal da misericórdia de Deus. Depois de tanto perseguir os cristãos, durante uma viagem a Damasco, Jesus o faz reconhecer seu erro, com a pergunta: 'Saulo, Saulo, por que me persegues?'.
(Cf At 9,1-9). Saulo coloca-se diante do Senhor sem resistir ao seu chamado e cumpre fielmente a sua missão de servir à Igreja.
Não basta viver a conversão por tempo determinado. Quando conhecemos a verdade devemos ser fiéis no compromisso com Deus. Nossa resposta deve ser uma só: 'Dizei somente sim se é sim; não se é não' (Mt 5,37). Perseveremos diante das dificuldades na caminhada. Renunciemos ao pecado e deixemos o Senhor nos modelar para sermos transformados em criaturas novas...
Ir Fabiana Souza Duca de Aguiar
Carmelita Mensageira do Espírito Santo

terça-feira, 17 de maio de 2011

Santidade, pecado e o perdão dos pecados.


Quem se perdoa, também perdoa aos outros

Deus reserva para o pecador Suas delicadezas de Pai de micericórdia, que ama e perdoa sempre. Regenera-o totalmente para que possa retornar o caminho e trabalhar para o Reino d'Ele, pela justiça e pela paz.

"Misericórdia" é uma das palavras que mais aparecem na Bíblia, sobretudo, no Evangelho de Lucas, que é chamado "o evangelista da misericórdia". A prática de Jesus confirma a atitude de um Pai misericordioso.

Cuidar e cuidar-se são atitudes que geram qualidade de vida. Tudo na vida requer cuidado. Um projeto de santidade requer uma atitude contínua de vigilância e de cuidados diários. Devemos cuidar diariamente de nosso corpo e de nossa alma, assim como quem tem flores precisa cuidar delas todos os dias para não perdê-las.

A Igreja oferece a seus fiéis um sacramento especial: rito do perdão. O sacramento da confissão é o lugar privilegiado do perdão de Deus para recuperar e cuidar da vida decaída dos cristãos.

Você se sente fraco e pecador? Deus lhe diz: "Faça sua parte e eu farei o resto. Tende confiança. Eu venci o mundo" (cf. Jo 16,33).

Diga com vontade: "Quero ser santo", "quero continuar a caminhada", e isso vai acontecer. Quem persegue um sonho precisa ter obstinação e uma santa teimosia, além de um otimismo repleto de esperança, que confia em Deus e em Seu poder. Deixe o resto por conta d'Ele. Deus ama a todos como são. Aliás, ama os pecadores mais que os "santos". É a lógica do amor. O Senhor entende profundamente o coracção humano, que é inconstante.

Deus Pai perdoa não apenas pelo sacramento da confissão. Sempre que alguém se arrepender de algo e pedir perdão será perdoado. A Bíblia diz que a caridade cobre uma multidão de pecados. Então quem tem o amor no coração não deve ter medo do pecado. O Altíssimo não só perdoa, mas se alegra com o retorno do filho, com sua conversão e faz festa, assim como o pai do filho pródigo, que abraçou e beijou o filho que retornava para a casa, preparando uma grande festa para comemorar a sua volta.

O tratamento que Jesus dispensava aos publicanos e aos pecadores era tão especial que escandalizava os fariseus, que se julgavam os "melhores". Cristo agia bem diferente: perdoava e esquecia os pecados cometidos pelos homens.

Há pessoas muito boas, bem intencionadas, que carregam certos "pecados" como uma verdadeira cruz, às vezes, pela vida inteira. Só Deus conhece o sofrimento terrível dessas pessoas que querem seguir Jesus, mas não conseguem porque cometem sempre a mesma falta, a qual, muitas vezes, nem pecado é, mas sim, hábito. Qualquer texto de moral cristã ensina que o hábito diminui a culpabilidade e até cancela a culpa. Embora, muitas vezes, não sejam pecados, criam, no entanto, um "sentimento de culpa" causando sofrimento às pessoas. Deus não quer isso para os Seus filhos queridos.

É preciso ter paciência támbem consigo mesmo e perdoar-se, sentir a alegria do perdão. O Salmo 50 nos ajuda a rezar: "Devolve-me a alegria de ser salvo" (Sl 50,14). Quem se perdoa, perdoa aos outros também.

O grande recurso criado por Cristo para restituir a paz e o perdão ao pecador e permite-lhe continuar, sem remorsos inúteis, o caminho da santidade é o sacramento da reconciliação ou penitência. Com ele, sela-se a paz. Sentir-se perdoado, poder “deixar para trás” um passado que, muitas vezes, nos incomoda e envergonha, para recomeçar uma vida nova, é certamente um grande dom de Cristo a cada cristão e à Sua Igreja.

(Trecho extraído do livro "Cristãos de atitude - O caminho espiritual proposto por Dom Bosco" de padre Mário Bonatti)


Padre Mário Bonatti

terça-feira, 10 de maio de 2011

A Igreja é viva e é jovem,é Santa !!!!!

iae galera, Igreja Católica



Se alguns pensam que a Igreja está velha e não tem jovem, este alguém deve estar em outro mundo!

Se qualquer um acha que a Igreja não sabe ouvir o jovem este qualquer um deve estar surdo!

Se todos pensam que a Igreja parou no tempo, este “todos” deve ainda estar na caverna de Platão!


"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve." Mt, 6, 26



“A Igreja é viva, a Igreja é jovem”. Bento XVI na sua primeira missa como papa, diante de uma multidão com mais de quinhentas mil pessoas, ressoava com sua voz já idosa fortemente estas palavras. E por que uma instituição de dois mil anos, com sua liturgia milenar, dogmas antigos e que traz consigo uma grandiosa Tradição é jovem? Por que o Santo Padre se antecipou a proferir palavras como estas, que aparentemente são incompreensíveis diante de uma realidade que parece mostrar o oposto? Simplesmente por que Cristo é vivo, Cristo é jovem. A liturgia que celebramos no altar é a liturgia do amor. A liturgia que a Igreja vive é a liturgia das nossas vidas, que cria perdão, amor, paz e vida. Quando olhamos para Igreja e caminhamos com ela, nos dirigimos para Aquele a qual ela olha, Cristo Jesus. O olhar que a Igreja nos propõe quebra todas as barreiras temporais. Quando vemos com a Igreja, não só nos voltamos para o passado, para aquela Verdade Revelada que chega aos nossos ouvidos (Rm 10, 17) entrando na comunhão milenar dos santos, mas também olhamos para o futuro, o cume de nossas vidas, para o Cristo que nos espera de braços abertos. Ele espera por nós, como nossas alegrias e misérias e quando nos acolher, enxugará nossas lágrimas, na sua Vida que não terá fim.
Ora, mas o que é a Igreja se não a antecipação desta escatologia? O que é a Igreja se não este rasgar dos tempos, nos apresentando este Cristo vivo e ressuscitado, e que hoje, agora procura por nós? Ela não fala de coisas velhas, mas da Verdade que é sempre nova, do amor que tem o poder de enlaçar aquele céu que está no final de nossas vidas e trazer para o agora. Uma Igreja que rompe com o passado e com o futuro e nos coloca dentro do eterno. Santa Teresinha da qual celebramos memória ontem, dizia: “quero passar o céu fazendo o bem na Terra”. Sim, a Igreja é este e único céu na terra, um autêntico oásis no deserto, onde oferece a água viva dos sacramentos. Com sua sombra concede descanso para os peregrinos deste mundo, revigorando suas forças.
Quando nascemos, o padre lá estava naquela capelinha talvez humilde para derramar a água do batismo, que criaria vida nova. Quando ainda jovens, nos encontramos com este Jesus Vivo na Eucaristia e que logo manda seu Espírito Santo para revigorar nossa fé. Após, recebemos o chamado, que nos despertou para uma nova vida, seja ela matrimonial ou religiosa. E por fim, quantas vezes diante do peso de nossas limitações, fraquezas e sofrimentos, dobramos os joelhos naquele confessionário “nada atrativo”, para depositar ali o nosso velho, a fim de que surgisse o novo, nos resgatando novamente. Porém esta cura se distende para aquela física, da qual os santos óleos com sua suavidade nos toca. Ou ainda quantas vezes, aquela palavra ouvida na homilia do padre, o evangelho proclamado no domingo, a bíblia refletida em casa, fez nossos corações perdoar ou pedir perdão, amar e ser amado, criando em nós um olhar transfigurado, para a realidade muitas vezes desfiguradas de nossas vidas.
Eis que estou à porta e bato (Ap 3,19). De chamado a chamado, de sacramento a sacramento, Cristo nos atrai para si, para sua vida, A Nova Vida. Dizia John Henri Newman, cardeal beatificado há pouco tempo: “Ele continua a chamar-nos, de graça em graça, de santidade em santidade, tanto tempo quanto durar a nossa vida”.
Dirijo-me agora a você que está longe da Igreja. A Igreja é viva, a Igreja é jovem! Venha beber desta eterna fonte, que brota do próprio Senhor. Como diria um grande literato inglês Chesterton: “enquanto o mundo se torna mais velho, esta Igreja fica mais nova com o passar dos tempos”. Vamos todos com nossas vidas pesadas e deixemos os nossos fardos diante da Cruz, naqueles braços que abraçaram nossos sofrimentos, para que tivéssemos a paz (H. U. Balthasar). Você jovem, não perca sua juventude, mas a eternize nesta maravilhosa casa dos jovens. Num escrito de um monge medieval há estas palavras: “Quem não conhece a leveza, o sutil, a juventude, não conheceu o cristianismo”.
Sim, a Igreja é viva e a Igreja é jovem! Concluo esta reflexão com aquele que a começou, Bento XVI: “Quem faz entrar Cristo, nada perde, nada absolutamente nada daquilo que torna a vida livre, bela e grande” (Bento XVI). Vivamos nesta eterna juventude, nesta Igreja capaz de nos tornar livres, belos e grandes, pois ELA É VIVA, ELA É JOVEM.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Retiro do Grupo Éfeta!!!!


O amor de Deus cura ",pude ver a graça acontecer, o silenciar, corações se abrindo como uma flor, que a muito tempo esperava ansiosamente por esse momento. Obrigada  Senhor por essa graça, por esse momento.Louvado seja o Teu nome pela vida desses nossos jovens, muito OBRIGADO!!!!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Dilatar o Coração



Precisamos dilatar o coração segundo o Coração de Jesus. Quanto “trabalho”! Mas, é o único necessário. Feito isto, tudo está feito. Trata-se de amar a cada um que passa ao nosso lado, como Deus o ama. E, uma vez que estamos no tempo, amemos ao próximo um de cada vez, sem conservar no coração resíduos de afeto pelo irmão encontrado um minuto antes. Afinal é o mesmo Jesus que amamos em todos. Mas, se permanecer o resíduo, quer dizer que amamos a nós mesmos no irmão precedente ou o amamos por ele mesmo… não por Jesus. E aí está o mal.

A nossa obra mais importante é conservar a castidade de Deus, ou seja, conservar o amor no coração, amar como Jesus ama. Portanto, para ser puro não é necessário sufocar o coração e nele reprimir o amor. É preciso dilata-lo na medida do coração de Jesus e amar a todos. E, como é suficiente uma Hóstia Santa entre bilhões de Hóstias para nos alimentarmos de Deus, basta um irmão (aquele que a vontade de Deus põe ao nosso lado) para colocar-nos em comunhão com a humanidade, que é o Cristo místico.
E por-nos em comunhão com o irmão é o segundo mandamento, aquele que vem logo depois do amor de Deus, do qual é expressão.

Chiara Lubich
Voluntários de São Paulo

... e a semente caiu em terra boa...

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