Sempre, questionei a Deus, como Senhor da grande casa, Ele o meu Senhor, no qual sirvo e me diz, na sua casa o que devo, o servo fazer?
Quantas vezes falou como Senhor, mas outras vezes como Pai, estas a tempo comigo e deves saber o que fazer a cada dia, os cuidados que deveria tomar, com sua casa, tudo isso, já está no meu ser e coração, vários lugares na casa onde posso entrar e apreciar tamanha beleza, mas sempre me voltava para os aposentos da casa do meu Senhor. Ali, Ele certa vez me levou a porta e disse: Vai chegar a hora de conhecer tudo aqui dentro, nada te omito, mas agora deve ter zelo por tudo, assim quando te chamar irás entrar e verás minha nudez, todo meu ser já não te será estranho, agora devo lhe conter, pois quando o servo o filho vê a nudez do Seu Senhor é sinal de intimidade de laço, de afeto, de amor, compaixão, e ali, verás quem Sou na Verdade.
Desejo muito entrar ali, Eu sei diz o meu Senhor, não penso nos méritos que obterei, mas o encanto de tua beleza me compraz, constrange, desejo mesmo assim!
Conheço a copa, lá vivi vários momentos ao teu lado, nas madrugadas, quando único lugar silencioso, me falava e ficava inerte ouvido tamanho saber, nos lustres belos e cheio de pequenos candelabros acessos, no qual teria de apagar ao fim de cada noite, ali via tua luz majestosa de Pai pela graça no Espírito, é tua luz!
No jardim senti varias e incontáveis as vezes, que sentirá o perfume de vossa presença ali na variedade de fores. Até tua Mãe via passeando ali próximo neste encanto de flores, vinha ao meu encontro e ficava sem jeito de olhar para sua graça inebriante, mui bela como o filho. Perdi as horas várias vezes por não querer sair dali, tão lindo o jardim, tua presença quando vinha passear olhava para mim inebriado e nada dizia, só sorria! Eu olhava-o nos meus pesamentos falava: Quem tem esse servo contigo, deixa me ir, não sou digno de estar aqui, ando na tua presença e nada me questiona, só eu a ti? Ó meu Senhor, eu gritava, retira-te de mim, que regra é essa, que nada me pede, me cobra, trata-me como filho(a), e eu que tenho feito na tua casa? Certa manhã, Ele veio até mim, cumpre tuas tarefas, sem pressa, ao final, venha até mim no jardim!
Aquele dia Ele sabia que seria de muita dor, chegará um momento de entrar nos aposentos, sentirá muita dor, muitos dos que estão ao teu lado já não irão lhe ver, pois a casa é muito grande, terá parte comigo, mas o teu caminho até aqui será outro, poderá vir ao jardim, por outro caminho que só o filho anda, teu aposento será do lado do meu, cuidarás de Mim e Eu de ti, já não lhe chamo servo, mas Filho!
Acredito ter muito mais na casa do Meu Senhor, mas ainda não sei o que é, mergulho, aprecio, sinto, tudo onde estou agora!
Ó Pai Amado Misericordioso, o zelo por tua graça me consome, a vocação!